segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

REDEMOINHO DO DESEJO

 
 
Levada por desejos insanos
Me perco em olhos de fulgor
Esqueço universo e planos
No anseio desse fogo e calor

Nessa áqua que banha a flor
Entrega às pétalas o sabor
Oferta seu vinho sem pudor
Em taça brindando esse amor

Redemoinho na falta da razão
Nesse toque imaginado salival
Tremula a carne, perdida visão
Girando águas, suave vendaval

Jorrado gozo do desejo e dor
Na ausência do sentido pulsar
E clama o toque quente, calor
Mas se deixa no doce entregar!
 
 
 

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