sábado, 17 de setembro de 2011

FRONDOZA ÁRVORE*


Um sonho perdido no tempo
Vida sem ser vivida... aguarda
Senhora que não foi com o vento
Em gavetas seus sonhos guarda

Jovem amante do que não valeu
E amores somente a fez sofrer
Em busca de sonho que pereceu
Mas sede de vida fez tudo valer

Suas sementes inibidas jogadas
Brotaram o que hoje é seu sustento
Mágoas esquecidas e cicatrizadas
Trocou por sorriso o que era lamento

Espalha carinho e faz-se o amor
Frondoza árvore enfim se tornou
Também é amada, cuidado e calor
E frutos a cercam pois muito amou


* Sou o fruto desta Frondoza Árvore...minha mãe!
Valéria Lisita

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

AMOR QUE NÃO AMA



Queria tanto que o amor me amasse
Assim como a solidão me acompanha
E o coração que não bate, mas apanha
Nessa dor que me dói como se matasse

Se esse amor me amasse como amo
E a vida à minha vida se entregasse
A alma minha, gêmea se encontrasse
Diria tudo em poesia, assim proclamo

Mas o amor não me ama, isso é certo
Pois tanto lhe ofereci e nada aceitou
Desfez-se do meu e não se encantou
E longe se vai por um caminho incerto

Assim se foi o amor que não sabe amar
Amar é se doar, ele não quiz se entregar
 
Valéria Lisita