domingo, 22 de maio de 2011

FLOR PETRIFICADA


Nesse caminho sou pedra, me retiro
Mesmo caminho como pétala espalhei
Não sei se erro cometi, então suspiro
Foi excesso de esperança que sonhei

E os pés que caminhavam ao encontro
Desviou-se dessa pedra, então seguiu
Vislumbrando só miragens, sonho outro
Simplesmente num tropeço me partiu

Confundi-me com cascalhos, era flor
E ao sol abandonada então fiquei
Não sabia a proporção de tanta dor
Nesse caminho tanto tempo caminhei

Como pedra me tornei um obstáculo
E transposta, esquecida agora estou
Solidão ao sol que queima, acumulo
Sou a flor petrificada que murchou



terça-feira, 10 de maio de 2011

ASSIM AMO


 
Asas ao vento, voo em liberdade
Vento na face, olhos brilhantes
Sentir as paisagens fascinantes
Cada ser vivendo sua verdade

Deixar que voe só, assim volte
Pássaro não vive se engaiolado
Planta precisa do dia ensolarado
Para dar frutos, assim fome mate

Flores da natureza  se retiradas
Só abrevia a beleza que encanta
Se sufocada, garganta não canta
Liberdade, vida, canções entoadas

E que livre permaneça esse amor
Para não perecer e sufocar de dor
 

 

segunda-feira, 2 de maio de 2011

TE ESPERO



Não saberia o que dizer
Simplesmente digo, amo
Nasceu de luz irradiada
Não pergunte-me como
Brotou destas entranhas
Como água assim tomo

Como explicar esse amor
Que em noite foi gerado
Como testemunha a lua
E por ela, foi abençoado
E se não entendes diga
Pois te quero a meu lado

Mas silêncio também diz
E sei que a ti, ele chega
Em versos mudos canto
Carinho que aconchega
Te afagando a alma nua
Ao céu minh'alma se erga

Quero colorir as manhãs
E esperar sua chegada
Se vieres à noite ilumino
Essa trilha enluarada
Não percas no caminho
Serei sua doce amada