quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

TESTEMUNHO DA FORÇA DO AMOR



O destino dita...eu escrevo
Minh'alma já sabia...eu desejava
Somos una...mas ela é sábia
Humanamente descrente...já não esperava
Mas minh'alma gêmea me procurava
Por esse recanto de tantas letras...
Minha escrita gritava anseios,
Minhas dores, doíam incessantes...
Não estive aqui para encontrá-lo...
Mas assim quiz o destino,
Que fez de nossas escritas...elo de encontro.
Ele me encontrou...o reconheci de outras "eras",
Não somos poesia...não vivemos de versos,
Nos tornamos reais, assim como o amor...
Que saídos do papel e do Recanto,
Unem agora corpos...de almas gêmeas.
Saído das Campinas...vindo para o Cerrado,
Realizamos a tão esperada união.
Somos prova da força do amor...
O impossível, a distância...não existem,
Basta crermos, amarmos e sobretudo...
Entregar nas mãos de Deus...
Somos poetas...mas temos uma realidade
Amadurecida pelas provações e nossos pés...firmes no chão
Que outros corações sedentos de amor e doação,
Possam acreditar e esperar o tempo exato de Deus...
O tempo que não é o nosso,
E por suas mãos, deixar que seja escrita a mais bela poesia...
Somos NADA...mas teremos TUDO se assim ELE escrever!



sábado, 3 de dezembro de 2011

MÃE VIDA




Vida que nos dá a vida
Parece pouco...só uma vida
Mas tantas vidas, dentro da vida
Pacote aberto, regressiva partida

Filho às vezes tão ingrato
Nem percebe ou tenta ser sensato
Recebe flores, não sente olfato
Não estende as mãos...não usa tato

Mãe que mostra vários caminhos
Escolha errada, nos leva a abismos
Vida ensina palavras de otimismo
Mas pródigo escolhe o pessimismo

Minha vida...vida minha somente
Sou eu quem espalho e planto semente
Se forem daninhas...serei incontente
Sendo sadias...colherei fartamente

Nossas vidas, presente por Deus entregue
E escolhas...responsabilidade não negue
 
 
Valéria Lisita
 
 
 

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

PASSAGEM PARA AMAR




As portas do destino se abrem
Pedindo passagem...o amor
Mãos unidas a se entrelaçarem
Destravadas fechaduras da dor

E asas são soltas ao vento
Buscam no céu... o infinito
Não se ouvem mais lamentos
Pois ressoa o canto bendito

Passagem de sonhos e planos
Esperança plantada, soleira da porta
Ficam nas trincas paredes, desenganos
Ser feliz...somente o que importa

Se abrem as portas do destino...
E o amor é ouvido como um hino!

Valéria Lisita

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

RUMO AO AMOR


A poetisa passeia nos versos
São delas as bagagens...viagens
Mala cheia de sonhos controversos
Mas nas mãos esperança e passagem

Visitou um abismo de imensas dores
Mas o deixa e vislumbra um jardim
Sentados à sombra, estão amores
Cercados por rosas de cor carmim

E segue por entre árvores, a estrada
Ao longe o som de forte cachoeira
Tem sede de uma vida encantada
E deixa pra traz espinhos e poeira

E nesse passeio por entre versos
Poetisa cria odes cheias de fulgor
Da solidão...são agora inversos
Encontra a rima perfeita ao amor
 
Valéria Lisita


sábado, 17 de setembro de 2011

FRONDOZA ÁRVORE*


Um sonho perdido no tempo
Vida sem ser vivida... aguarda
Senhora que não foi com o vento
Em gavetas seus sonhos guarda

Jovem amante do que não valeu
E amores somente a fez sofrer
Em busca de sonho que pereceu
Mas sede de vida fez tudo valer

Suas sementes inibidas jogadas
Brotaram o que hoje é seu sustento
Mágoas esquecidas e cicatrizadas
Trocou por sorriso o que era lamento

Espalha carinho e faz-se o amor
Frondoza árvore enfim se tornou
Também é amada, cuidado e calor
E frutos a cercam pois muito amou


* Sou o fruto desta Frondoza Árvore...minha mãe!
Valéria Lisita

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

AMOR QUE NÃO AMA



Queria tanto que o amor me amasse
Assim como a solidão me acompanha
E o coração que não bate, mas apanha
Nessa dor que me dói como se matasse

Se esse amor me amasse como amo
E a vida à minha vida se entregasse
A alma minha, gêmea se encontrasse
Diria tudo em poesia, assim proclamo

Mas o amor não me ama, isso é certo
Pois tanto lhe ofereci e nada aceitou
Desfez-se do meu e não se encantou
E longe se vai por um caminho incerto

Assim se foi o amor que não sabe amar
Amar é se doar, ele não quiz se entregar
 
Valéria Lisita
 
 
 

domingo, 28 de agosto de 2011

MEUS VALES





Se te perderes nas curvas de meu corpo
Não se desespere, me espere...te socorro
Tenho vales e fendas que te esperam
Se aquiete, suas estradas também percorro

Sou paisagem que olhos seus procuram
Sei que queres em meus vales voar
Bater de asas à procura de aconchego
Vôos rasantes, em meus campos repousar

Não sigas regras ou normas, se arrisque
Esqueça esse mundo que tanto maltrata
Pegue trilhas, atalhos ou rio...mas venha
E nesse desejo ignore vida ingrata

Nem quero saber o que pensa a Lua
Que se una ao Sol e me permita viver
Inspirando tristeza, impedindo de ser sua
Quero amar sem em versos descrever

Valéria Lisita