sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

DECLARO AMOR

 
D igo sempre em melodiosos versos,
E sse amor que queima e consome,
C alo-me, mas olhos não mentem e
L evam certeza de um puro amor;
A mor... queres saber o que significa?
R econheça-te em tantas outras linhas,
O des escritas na falta que tu me faz.

A ceita que entrego a ti minha vida,
M eus sonhos, desejos, corpo e alma,
O uça, entenda os versos que gritam,
R enasça, desfaça o medo e...ama-me!
 
 
 
 

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

REDEMOINHO DO DESEJO

 
 
Levada por desejos insanos
Me perco em olhos de fulgor
Esqueço universo e planos
No anseio desse fogo e calor

Nessa áqua que banha a flor
Entrega às pétalas o sabor
Oferta seu vinho sem pudor
Em taça brindando esse amor

Redemoinho na falta da razão
Nesse toque imaginado salival
Tremula a carne, perdida visão
Girando águas, suave vendaval

Jorrado gozo do desejo e dor
Na ausência do sentido pulsar
E clama o toque quente, calor
Mas se deixa no doce entregar!
 
 
 

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

TOQUE DO OLHAR



Não são apenas versos somente
Vi-te no brilho das estrelas e lua
Desejado instante, riso envolvente
Pude sonhar enfim com imagem tua

Na leveza, olhos que se tocaram
Faces a muito ocultas em versos
Sentido carinho e afagos trocaram
Busca insana outrora, submersos

Que águas limpidas de rio corram
E sol tranquilo se deite no horizonte
Pássaros gritem canção que entoam
Arco-íris, a esperança em cor aponte

Que cessem buscas, odes escritas
Floresçam os jardins e flor renasça
Na terra o fogo que acende vidas
Certeza dos versos, na luz se faça!

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

DESÉRTICA AREIA




Ondas quebradas na areia anunciam
Chega ao longe a canção que pedias
E em busca da poesia que escreviam
Carne e alma unidas compondo  dias

Sol ardente, aquece e faz companhia
Mas é lua que suavemente entorpece
Clareia versos escritos, amor e magia
Traz carícias e em sonhos adormece

Ninho pronto a espera de doce ave
Vem em asas criadas, belos versos
Pousa e repousa em canção suave
Sem solidão dos versos controversos

Perfume de flores e  fogo que aquece
Vivem o tudo de paixões esperadas
Doces frutos que natureza oferece
Desértica areia, almas apaixonadas





sábado, 5 de fevereiro de 2011

RESTAURAÇÃO




Na falta, o vazio que você traz
Ausência constante nunca sentida
Nas mãos carregadas, versos faz
Pedaços de vida, por você recolhida

Anseios estilhaçados caídos ao chão
Inteiros se fazem, palavras e versos
E vida renasce, modela doce paixão
Desperta sonhos em dor submersos

Ausencia do mito, intensa quimera
Ressurge magia esperança e amor
No grito clama nascer de uma era
Desejos contidos da flor sem pudor

Presença se faz na alma distante
Levada nas asas do pássaro de aço
Corações unidos, imagem constante
E vida restaura, não mais em pedaço!
 
 

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

ASAS POÉTICAS



Sinto de leve um vento
Que sopra em minha face
Deve ser seu pensamento
Pedindo que te abrace

Chega manso com a noite
Meus cabelos desalinha
Arrepios n'alma que ardia
Em meus seios aninha

Quero ser sua morada
Faça do corpo seu ninho
Barreira já derrubada
Sem ilusão no caminho

Viaje em asas poéticas
Ultrapasse essa quimera
Clame minh'alma cética
Que por ti sempre espera

Desfaça pois os versos
O impossível não existe
Seremos do irreal inverso
Nesse desejo que persiste

Te quero, não resta dúvida
E me queres, tenho certeza
Seremos dois, em uma vida
Unindo asas de rara beleza!


TARDIO ENCONTRO



Porque não nos encontramos ontem...
Teria sido tão belo me apresentar,
Dizer-lhe sou livre, não tenho dores,
Nem fantasmas a me rondar
Tenho o coraçao calmo,
Nao faltam pedaços...inteiro pra te amar
Não tenho medos
E o tempo todo pra me doar.
Desilusão não conheço,
Também nao padeço
De tanto chorar.
O sol não arde e o fogo,
Só queima se você me tocar.
Porque chegastes só hoje?
Com tantos medos,
E o coração nao quer doar...
Vive sangrando , se afogando
Em púdridas lembranças,
A alma só... não quer se salvar,
Se enterra vivo,
E seu passado mais vivo está.
Injusto isso, corações pulsando
Mas se enterrando, anulando...
Pobres mortais somos nós,
Somos zumbis de nosso passado
E esse...rindo do malgrado,
Pois nos doamos em vida
Ao destino malvado,
Que antecipou nossa partida
A esse jazigo mal cuidado,
Sem flores, sem amores,
Sem chances pra recomeçar!


 

DESISTO



Desisti de lutar
Perdi as forças
Melhor me entregar
Me jogar às onças.

Cortar asas, aterrisar
Arrancar raízes, murchar
Vedar olhos, me cegar
Decaptar, nao pensar.

Sem coração, não pulsar
Vedar lábios, emudecer
Ter amarras, paralisar
Me enterrar, apodrecer.

Desisto de existir
Apagar lembranças
Pro infinito partir
Por fim às esperanças.

Desisto de mim
Não sei a que vim
Se vim do pó...
Que o pó venha a mim!