domingo, 22 de maio de 2011

FLOR PETRIFICADA


Nesse caminho sou pedra, me retiro
Mesmo caminho como pétala espalhei
Não sei se erro cometi, então suspiro
Foi excesso de esperança que sonhei

E os pés que caminhavam ao encontro
Desviou-se dessa pedra, então seguiu
Vislumbrando só miragens, sonho outro
Simplesmente num tropeço me partiu

Confundi-me com cascalhos, era flor
E ao sol abandonada então fiquei
Não sabia a proporção de tanta dor
Nesse caminho tanto tempo caminhei

Como pedra me tornei um obstáculo
E transposta, esquecida agora estou
Solidão ao sol que queima, acumulo
Sou a flor petrificada que murchou



3 comentários:

  1. Olá... seus escritos me foram recomendados pelo amigo em comum que temos... Edu. :)
    E ele tem razão... escreves muito bem. Parabéns. Já estou seguindo!
    Tenho 2 blogs... http://poedeque.blogspot.com (de poesias minhas)
    e http://amigosporpoesia.blogspot.com (de amigos poetas...estamos em 5 agora... está convidada a participar, caso deseje postar no blog dos amigos, é só avisar que lhe dou senha para postagem).
    Abraço!

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  2. Valéria,sou fã das tuas poesias,essa é mais uma que eu amei.
    Adoro vir aqui e além de ler a linda poesia,ainda escutos um vídeo encantador, tens bom gosto, parabéns. Bjus.

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  3. Duas naturezas tão conflitantes, porém filhas da mesma natureza: a flor e a pedra!
    É justamente por sermos tão duais que necessitamos da poesia. Belo poema...

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